Finalmente acabou todo o estresse, nervosismo e vontade de morrer. Agora sim, tô postando com mais frequencia por aqui, pra alegria dos babacas numerosos que me enchem o saco pedindo atualização mas não fazem uma merda de um comentário. Me sinto usado por vocês, malditos.
Bom, vou falar sobre quando abri o queixo e quebrei o dente então, já que vocês gostam de ver eu me fodendo.
Eu devia ter uns 10/11 anos, sei lá. Fui pra festa de aniversário de uma priminha de algum milésimo grau, daqueles que são o suficiente pra você não se importar com a pessoa. Como eu era uma criança espoleta e cheia de ideias, juntei a criançada no segundo andar do salão e sugeri que brincássemos de alguma coisa que exigisse adrenalina. Foi unânime: pique-parede.
-Pra quem não sabe, não teve infância ou simplesmente nenhum amigo, pique-parede é igual pique-pega, só que se você encostar na parede, o cara que corre atrás dos outros, não pode te pegar.
Eram umas 12 crianças prontas pra brincar de correr numa festa de aniversário, ou seja, o maior medo e motivo de irritação de mães, e nesse pique-parede em especial, eu entendi a razão. A brincadeira ia de vento em popa, as mães não estavam ligando pro corre corre da criançada, os pais estavam bebendo e falando de futebol num canto e o DJ da festa tocava "Brincadeira de Criança" do Molejo.
Eu estava invencível, ninguém até o momento tinha encostado em mim. O "pegador", nesse exato momento da brincadeira, estava na minha cola. Eu era bem mais esperto que ele e tinha maior agilidade. Minha velocidade estava sendo comprovada alí pelos outros, mas a esperteza havia acabado: no meio do corre corre, eu vi que o meu zíper (aham) estava aberto. Malandro como um guaxinim, decidir fechar enquanto estava correndo, pra não perder tempo. Não perdi tempo, mas perdi a visão do que estava na minha frente enquanto eu corria. E na minha frente, tinha uma poça de guaraná derramado.
Não teve desenrolo, não teve câmera lenta. A minha cara foi NA HORA pro chão. Direto, sem auxilio de mãos, já que elas estavam ocupadas com meu zíper. Quando levantei, atordoado, só senti aquele gostinho de incisivo central quebrado com um pouquinho de sangue. Não deu outra, comecei a chorar que nem um desesperado. Comecei a procurar minha mãe com um dente quebrado, o queixo sangrando (cortou feio. E fundo) e a cara bem inchada com o impacto.
Imagina a cara da mulher quando viu o seu filho-zumbi puxando a blusa dela e gritando "ME AJUDA". Sem sacanagem, ela quase desmaiou. A festa TODA veio olhar pra mim e eu gritando "SOCORRO, EU TO MORRENDO" (eu era uma criança, vão se foder) até que um cara que era enfermeiro veio me socorrer com um Merthiolate (que ainda ardia) no meu queixo. O resultado era óbvio.
Quando acordei, depois de algumas horas desmaiado, eu estava em casa. Atordoado. E o resto da minha semana foi Médico/Dentista/Cama/Esporro. Hoje entendo porque mães não gostam que crianças fiquem correndo por aí.
E sim, com certeza gritarei com meu filho numa festa pra ele parar de correr, já que depois desse dia, nunca mais corri.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk' cara você é loco [FRASE DE "TODO MUNDO ODEIA O CRIS"]
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